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Professor da USF apresenta dissertação de mestrado sobre desindustrialização brasileira

23/08/2016
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Professor da USF apresenta dissertação de mestrado sobre desindustrialização brasileira
 O docente e economista do Curso de Administração da Universidade São Francisco (USF), professor Leonel Oliveira Mattos, apresentou sua dissertação de mestrado em dezembro de 2015 na Unicamp. O estudo, apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico do Instituto de Economia (IE), aborda a desindustrialização no Brasil, com foco no Estado de São Paulo.

O estudo considera que a desindustrialização se manifesta desde o fim da década de 1980 por meio da relativa e progressiva diminuição da participação da indústria na riqueza do país e na geração total de empregos, com os agravantes de perda de produtividade e atraso tecnológico em relação à indústria estrangeira, queda da participação nas exportações e perda de mercado interno para importações em grande escala.

Para o autor, a situação enfrentada pelo país nos últimos 30 anos decorre do caráter liberal e conservador da gestão macroeconômica brasileira, que muito pouco se alterou desde 1989, priorizando os lucros na esfera financeira, no desenvolvimento territorial urbano apoiado na construção civil e nas atividades envolvendo commodities agrícolas e minerais.
Na pesquisa, o professor destaca que essas prioridades ocorreram em detrimento do desenvolvimento industrial e ajudaram a enfraquecer a indústria brasileira. “O Brasil vai ter que passar por um crescimento econômico mais forte, caminho certamente de difícil pavimentação sem uma sólida industrialização”, afirma o docente.

O docente destaca que o investimento que o Brasil fez entre as décadas de 30 e 70 no setor industrial podem ser comparados com a estratégia econômica adotada pela China atualmente. “A China utiliza hoje, guardadas as devidas proporções, as mesmas estratégias adotadas pelo Brasil entre os anos 30 e 70, que é a de se preocupar em desenvolver sua economia através de uma forte industrialização. A diferença é que o Brasil, à sua época, estava preocupado com abastecimento do mercado interno, enquanto a China concentrou-se na exportação de produtos industrializados”, explicou o professor Leonel.


Clique aqui
para acessar a dissertação. 

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