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Encontro de Iniciação Científica reúne 163 trabalhos e supera expectativas
21/05/2014
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De acordo com a coordenadora da Iniciação Científica (IC) na USF, Profa. Claudette Maria Medeiros Vendramini, nos últimos anos tem se percebido, não só um aumento na quantidade de inscritos, mas na qualidade dos trabalhos desenvolvidos. “O aluno que participa em um primeiro momento apenas para conhecer e prestigiar o trabalho de um amigo acaba se interessando pela atividade. O próprio evento de iniciação científica fomenta a continuidade e a melhora na qualidade, pois o aluno que participa busca se preparar melhor para as futuras apresentações”, observou.
A programação foi pautada nos avanços do desenvolvimento econômico, nas consequências do aquecimento global, nos desafios da segurança pública, na ética com a pesquisa humana e animal, entre outros. Na abertura oficial do evento, compuseram a mesa solene: a Profa. Claudette, enquanto coordenadora da IC; o presidente da mantenedora da universidade, Frei Raimundo; o vice-reitor, Prof. Joel Alves de Sousa; a diretora do Campus Bragança Paulista, Profa. Márcia Aparecida Antônio; a coordenadora do Núcleo de Extensão Universitária (NEXT), Profa. Luciana Rita Stracialano Parada; e o Frei Gilberto Gonçalves Garcia, presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), ex-reitor e professor da USF, o qual palestrou sobre o tema título do evento.
Durante a palestra, Frei Gilberto apresentou a trajetória evolutiva da ciência, ressaltando a importância da inovação e do empreendedorismo nos tempos atuais. “Hoje vale a criatividade e a genialidade das pessoas. Não se busca um saber unitário. Por todo lado brotam formas de realização. É por isso que as palavras de ordem são inovação e empreendedorismo”, explicou. O frei comentou ainda a importância do compromisso com a ética. “Ao fazer nossa pesquisa, não somos neutros, estamos sempre nos responsabilizando ao fazer ciência. Por isso, o homem não pode se alienar do seu compromisso ético. Talvez esse seja o grande desafio de se fazer ciência no mote da inovação”, afirmou.
O segundo dia do evento foi marcado pelas premiações dos trabalhos apresentados. Para eleger os melhores participantes, os avaliadores receberam os projetos a serem avaliados antes do evento e, após as apresentações, preencheram um formulário de avaliação sobre a qualidade do conteúdo e o domínio do aluno sobre o tema abordado, além disso, participaram de uma avaliação externa, disponibilizada no site do CNPQ sobre o evento de um modo geral.
Para a avaliadora na área de Psicologia, Tatiana de Cássia Nakano (PUC-Campinas), as apresentações mostraram bastante qualidade. “Eu vi muitos trabalhos de iniciação científica com alto nível de qualidade, compatível com a nota 6 do curso de Psicologia [A USF é única instituição privada do estado com nota 6 em um programa de Psicologia pela CAPES; o conceito vai de 1 a 7]”, observou. A avaliadora da área da Saúde, Stella Regina Zamuner (Unicamp), também elogiou o desempenho dos alunos. “Os projetos são de alto nível, os resultados estão coerentes com os projetos, todos muito bons e feitos com bastante dedicação”, pontuou.
Segundo a avaliadora da área da Educação, Cármen Lúcia Brancaglion Passos (UFSCar), o evento é um momento importante de socialização. “Eu participei de apresentações de trabalhos que estavam sendo iniciados no ano passado e que agora estão concluídos, então, pude ver o progresso, como são contributivos. Os trabalhos que eu assisti são extremamente importantes para serem divulgados e terem continuidade em outras pesquisas”, completou.
A USF possui 25 bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e 25 pelo Programa de Bolsa-Auxílio à Iniciação Científica (PROBAIC-USF), os demais alunos participam como voluntários. Devido ao crescimento no número de interessados em participar da iniciação científica e à qualidade dos projetos desenvolvidos, nos últimos 2 anos, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concedeu 5 novas bolsas à universidade.
Para Frei Raimundo, a iniciação científica na USF visa possibilitar a todo o corpo docente e discente uma proposta educativa e formativa que tem como objetivo o desenvolvimento integral da pessoa humana; trata-se de garantir à comunidade acadêmica o direto de todo ser humano a ter acesso ao aprendizado e conhecimento.
“Num mundo em constantes transformações, é necessário oferecer tanto aos mestres como aos formandos uma preparação qualificada de aprendizado e busca do conhecimento. A iniciação científica deve procurar atender aos anseios e inquietações da comunidade acadêmica diante dos questionamentos da sociedade em que ela está inserida, e, para nós franciscanos, sobretudo, dos mais empobrecidos, com a missão de promovermos a fraternidade e a solidariedade”, comentou.
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