Alunos da USF pesquisam óculos para deficientes visuais

Protótipo possui sensor que apita quando se aproxima de algum objeto

Inspirados na evolução da marcha ré dos carros, que antigamente dependiam somente da visão dos motoristas e hoje contam com sensores de proximidade e sons, os alunos do curso de Engenharia da Universidade São Francisco (USF) Campus Itatiba, produziram um óculos para ajudar pessoas com deficiências visuais.

“O projeto de óculos sensoriais para auxílio à deficientes visuais, nada mais é que um guia sensorial. A ideia central desse projeto é bem simples, consiste em um óculos com sensores de distância acoplados às suas hastes”, explica Giovanni Grillo, estudante responsável pela ideia do protótipo.

O grupo, formado por quatro alunos de engenharia (dois de engenharia mecânica e dois de computação) criou também fones de ouvido para acompanhar óculos. “Numa avenida muito barulhenta em que não se ouviria com facilidade os apitos dos sensores, o usuário pode optar por usar o fone, como auxiliar”, descreve.

O protótipo auxilia os deficientes visuais na parte superior do corpo, uma vez que ajuda a evitar colisões com orelhões, ramos de árvore entre outros. Sendo assim, o óculos não substituí a bengala que é um objeto essencial para pessoas com esta deficiência. No modelo atual, os equipamento são ligados a uma bateria, carregada pelo usuário em uma bolsa, tipo pochete, que deixa as mãos liberadas.

O projeto teve início em 2013, para a matéria “Fundamentos da Eletricidade e Magnetismo” e a ideia surgiu a partir de um trabalho proposto em que os alunos utilizassem sensoriamento. Após a apresentação, o professor, Paulo Silveira, achou interessante e prosseguiu com o projeto. Atualmente, os alunos e professor estão em busca de um financiamento para terminar as pesquisas do produto.

Para Giovani, a experiência de construir um produto para ajudar os outros, foi muito importante: “O princípio de criar tecnologias com aplicabilidade é um conceito primordial da engenharia e é nessa base que apresentamos nossas inspirações. Nesse sentido consideramos a dificuldade de deficientes visuais possuem em caminhar com segurança nas ruas, principalmente de nosso país com muitas vias mal estruturadas”.